terça-feira, 19 de junho de 2018

RESENHA “O DIÁRIO DE ANNE FRANK”


 — o livro que me inspirou a escrever uma resenha e também um diário. 

❝O melhor de tudo é o que penso e sinto, pelo menos posso escrever; senão, me asfixiaria completamente.❞ — ANNE 



Essa é a Edição definitiva, editada por Otto Frank, pai de Anne e Mirjam Pressler, premiada autora de livros infanto-juvenis na Alemanha — essa edição é sem cortes, apenas com correções ortográficas. A primeira versão foi em 1947.

Autor: Anne Frank, escrito totalmente por ela.

Ano de lançamento: 2014
Número de páginas: 416
Editora: Record 
Gênero: Segunda Guerra/Biografia/Autobiografia/Memórias 
Sinopse: 

❝Tenho vontade de escrever e uma necessidade ainda maior de desabafar tudo o que está preso em meu peito.❞ — ANNE


❝Tenho os meus ideais, o modo de pensar e os meus planos, embora ainda me falte capacidade de traduzir tudo isto em palavras❞ — ANNE



Um diário parece algo difícil de compreender, de passar uma história por ele, detalhes que todos precisam saber pra estarem conectados a uma memória de fato, ainda mais esta que foi escrita sob circunstancias que jamais conseguiríamos imaginar, mas Anne Frank, aos 13 anos quando ganhou seu diário de aniversário, já era uma grande escritora, o que era seu sonho. Anne relatou entre 12 de agosto de 1942, quando era apenas uma menina vivendo seus dias normais de garota, e utilizava Kitty (como nomeou o diário) como apoio, conforto e ajuda para sobreviver ao novo cenário onde se passaria a sua vida logo depois — a Segunda Guerra Mundial, à 1 de agosto de 1944 quando foi levada ao campo de concentração de Auschwitz. Menina, alemã e Judia, se mudou com a família para Amsterdã para fugir do holocausto da Segunda Guerra; e se escondendo no Anexo Secreto, quando os nazistas invadiram Amsterdã também, com mais outra família. O esconderijo ficava no sótão de uma casa, da qual eles não poderiam se aproximar das janelas, abri-las, utilizar o banheiro durante o dia ou fazer qualquer barulho. Além do mais, o ar era abafado e Anne era criticada grande parte do tempo, por ser apenas uma adolescente. Sua relação com a mãe era muito difícil, sendo essas passagens de seu diário muito fortes e verdadeiras. Anne era a única no anexo secreto que era otimista, esperançosa e levava essa parte horrível de sua vida da melhor maneira possível - e impossível. No sótão de uma casa com a ausência de luz e conforto, onde ouvia as bombas caírem e ia para a cama chorando diversas vezes, ela viveu cheia de fé, uma paixão, e sempre com muitos sonhos — principalmente que a guerra acabaria e um dia ela seria uma grande escritora. Ela tinha um pensamento avançado à sua idade e uma mente além de sua época, tratava de assuntos pouquíssimos mencionados nos anos 40: feminismo e sexualidade, além de ser muito revolucionária. A garotinha amável conquistou meu coração de forma intensa, sua personalidade era incrível, uma adolescente irritante e cativante. Ela desejava ser diferente do que era e se considerava egoísta por estar escondida enquanto outras pessoas sofriam. Eu me identifiquei muito com ela e seus pensamentos. É de se revoltar e emocionar com cada emoção que ela transmitiu e que é improvável propagar aqui. 
Lendo, eu me esquecia do final trágico que encontraria nas ultimas paginas e vibrava com um final que Anne ansiava, ela me irradiou de esperança e fé. 
Seu diário foi publicado, pois seu pai fez questão de honrar os sonhos da filha, e hoje é um dos livros mais lidos do mundo; Anne alcançou seu sonho de menina, aconteceu o que de fato ela almejava, se tornou uma escritora, e com isso um ícone. Essa semana (12/06/2018) ela completaria 89 anos — Anne Marie Frank nasceu no dia 12 de junho de 1929 e morreu aprisionada no campo de concentração Bergen-Belsen, três meses antes de completar 16 anos.


❝Fico tão confusa pela quantidade de coisas que tenho de considerar que não sei se choro, ou se rio, depende do meu humor. Depois durmo com a sensação estranha de que quero ser diferente do que sou, ou de que sou diferente do que quero ser, ou talvez de me comportar diferente do que sou ou do que quero ser❞ — ANNE


❝Apesar de tudo, eu ainda acredito na bondade humana.❞ — ANNE 

Um comentário:

  1. Que resenha tocante! Me fez reviver as emoções da leitura do diário de Anne. Penso até em reler agora. Fico feliz que tenha retomado seu blog e esteja resenhando livros, mal posso esperar para acompanhar as novidades!

    ResponderExcluir