sábado, 22 de agosto de 2015

Árduo.


Eu tenho a péssima mania de sempre achar que o mundo não conspira a meu favor. O mundo inteiro, todo mundo, sem exceção. Pode tudo dar certo, proceder certo, e mesmo assim tudo continua dando errado na minha cabeça, e muitas vezes nem consigo respirar. Será que é necessário ter tudo sob controle?  Será que o amor próprio ficou colado ao orgulho? Lá estáticos a um mundo submerso na hipocrisia? Será que a inteligencia perdeu o sentido? Será que o caráter e a conduta perderam valor? Talvez por indagar demais a gente acaba cansando, cansando de buscar algo que supostamente ou até por instância não existe, ou que acabamos criando. Será que os detalhes são simplesmente meros detalhes? Só eu que os vejo, compartilho no meu dia a dia? Tantos detalhes. E a rotina desses pensamentos, perguntas, falta de ar ao faze-los vira uma prisão e encurrala, acabo me perdendo. Não sei mais onde está os começos e assim não posso acreditar em recomeços. Mas será mesmo que eu mesma causei isso? Contra mim? Ou o mundo conspirou contra meu favor? Ou eu criei que conspirasse? Talvez seja saudade contida, distância, sofro de lonjuras, de apego, de falta e excesso de detalhes, que reparo, que exijo, que preciso. Parece que vou explodir, e nem sei o que me preenche, tanto felicidade, quanto tristeza ou abruptamente vazio. É estranho as vezes duvidarmos da nossa força, de onde ela vem ou até mesmo duvidarmos da nossa própria felicidade. Não sei ser transparente com meus sentimentos, com meus anseios, com meus medos, nem manuseá-los, ora, sejamos francos, é possível estar no controle? Conseguir? Eu diria que amar, fazer, lutar e falar da verdade ou dos sentimentos bons deixa o resto todo pequeno. Mas quando essas palavras não estão na sua mente, não há quem as coloque. Hoje não sei de onde tirar forças, não sei estar leve e nem viver direito, talvez nem tenha vontade, mas busco. A felicidade deve estar batendo na minha porta de todas as maneiras, eu vou encontrar as chaves, vou deixa-la entrar, deixa-la ficar, e triunfar sobre as minhas manias, o céu nublado que crio dentro de mim, de vontades que não fazem sentidos, e acreditar que o mundo passará a conspirar a meu favor, quando eu for a favor dele também.