sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Tirando a poeira.


Que mania essa a minha de querer abraçar o mundo com meus míseros braços, estar em dois lugares ao mesmo tempo e querer com um grito mudar o mundo todo (pois ainda acho que se as pessoas me escutassem o mundo seria bem melhor). Estou passando a mão pelo teclado e pensando nas milhões de frases que transitam da minha cabeça pro meu coração e logo faz o caminho inverso, sem conseguir digitar uma palavra, uma palavra de como passei essa semana, ou simplesmente pra traduzir tamanha agonia que tenho no peito e o quanto pedi a Deus me colocar no colo pra que eu pudesse conta-lo tudo, baixinho, em oração. Ser forte significa ter grandes responsabilidades, fazer alguém sorrir enquanto a alma chora, e obter muitas conquistas, pois ser forte não te permite desistir, mas não deixa de existir os seus contras, pois agora me deparo sozinha e sem entender o que é complicado e o que se torna fácil, maldito mundo dos adultos que eu sempre quis entrar quando criança, e hoje planejo o futuro. Uma coisa é a sorte de estar no lugar certo e na hora certa, e trombar no corredor com o amor da sua vida, até parece conto de fadas (e existem, com escolhas bem feitas). Mas sorte mesmo, é coisa complexa e apesar de rara, continua sendo só sorte, a sorte de passar no vestibular, a sorte de encontrar o namorado do conto de fadas (aquele do corredor), a sorte de mudar a si mesmo, a sorte de perceber que não se precisa provar nada pra ninguém, alguém pra se preocupar, a sorte de apenas ser, a sorte de não apenas querer esquecer o passado, mas sorrir com todas as lembranças, ou só a sorte de ter um amigo pra sempre, pintar a unha sem errar, e a responsabilidade de secar as lagrimas e contar com a maior sorte do mundo para continuar, renovada de afazeres.