segunda-feira, 5 de dezembro de 2016


Hoje eu queria que a minha aula durasse mais que o tempo necessário, nem que eu precisasse passar a noite na faculdade estudando as leis de newton e resolvendo vários exercícios tão problemáticos, bem mais simples que a vida - porém; pra não ter que voltar pra casa e ficar a sós com os meus pensamentos. Tentando buscar umas duzentas soluções, pelo menos, para mais de duzentos e cinquenta problemas, que talvez nem sejam tantos, mas são problemas, ficam grandes quando não resolvidos, amarguram, multiplicam, se tornam vários, significa mais soluções, mais pensamentos, e menos tempo pro resto da rotina que tem que se viver todo o santo dia, ou pelo menos passar pelos dias ileso, deitar na cama, rezar pro sono curar tudo, e no dia seguinte acordar querendo dormir, assim fazer de qualquer pesadelo mais fácil de se enfrentar. Texto que não se pode concluir, palavras que não se cessam... Quem nunca precisa de mais carinho, mais pureza, mais calma, mais alma, mais alegria?! Talvez (adoro um bom talvez, se é que pode ser bom mesmo) alimentar esperança é um dom que tenho em mim, talvez um dia ser mais feliz seja uma busca constante e mil afazeres. Saudades de quando o meu mundo era mais mundo, mas não sei quando tudo começou a revirar, e esse avesso não é o mais bonito, é tipo sair de casa com pressa e com a etiqueta pra fora e todos rirem, mas ninguém te avisar de nada. Sem talvez, mas com certeza, há um ponto de partida, como também um ponto final, mas certamente uma linha infinita (ou tênue) entre o começo e o fim, entre a lucidez e os antidepressivos, o precisar e o querer, o fazer e o conseguir, o tentar e falhar, o não tentar e frustar-se, o próprio talvez com as milhões de certezas implícitas, o velho e o novo, o abismo e o chão....

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